segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ensino de Jovens e Adultos (EJA)

                Alfabetizar-se significa adquirir o domínio das habilidades de ler e escrever, a partir daí o indivíduo passa a ser inserido no processo de igualdade com os demais.
                Atualmente há no Brasil a alfabetização de jovens e adultos (EJA) que é uma compensação para as pessoas que não tiveram oportunidades de ir à escola, quando eram crianças. Então, inicia uma forma de inclusão social permitindo que o indivíduo interprete sistematicamente, confronte informação e reivindique, através de suas próprias iniciativas, sem ser conduzido por outras cabeças ditas inteligentes. Estando consciente nesta busca, da inclusão social, passa a estabelecer outra relação com o mundo.
Não saber ler e escrever deixa o indivíduo em desvantagem às demais pessoas , pois limita as oportunidades profissionais  e até as relações pessoais.
                 É importante lembrar que é insuficiente dominar a leitura e a escrita , mas também é  preciso empregá-las para promover a expressão e  a comunicação.
                Os alunos da EJA quando decidem em regressar a escola já adquiriram vários conhecimentos fora da sala de aula. Muitos destes alunos até sabem ler, escrever e fazer cálculos. Entretanto, tem dificuldades em interpretar textos e expressar raciocínio crítico sobre assuntos diversos.
                A maioria dos docentes, que atende este público, não recebeu formação específica para ensinar alunos adultos a ler e escrever. Não se trata somente em transmitir conteúdo do programa de aula, é preciso muito mais do profissional.
Conhecer a realidade social do público, em questão, é uma das formas de resolver tal problema. Levar em consideração os conhecimentos extraclasses dos alunos para planejamento das aulas é outra maneira de promover o aprendizado. Se o profissional priorizar apenas o aspecto cognitivo sem valorizar a importância do aspecto afetivo (valores, socialização), não conseguirá aproximar-se dos discentes, resultando em situações conflituosas  que não contribuirão para o aprendizado.
                Apesar do que foi citado, anteriormente, o ensino EJA passa a fornecer novas ferramentas para que o aluno torne-se mais confiante e cresça profissionalmente.  
                Explorar a cultura local do aluno, que optou em retornar à escola, agora  adulto, é outra forma de elevar a qualidade do ensino. A concepção de alfabetização depende da percepção do professor com cada aluno.
                O EJA precisa ser dinâmico na construção social, fundamentado nas diferenças dos alunos e suas participações na sala de aula. Elaborar a escrita e a leitura, de forma que aprenda a ler, escrever, interpretar e desenvolver o raciocínio crítico são algumas das competências que se deve promover. O respeito à cultura deve ser valorizado, pois  passa a somar com a experiência adquirida  antes de freqüentar a escola.
                Ao escrever este texto informo que, na minha época, não havia EJA, mas sim o MOBRAL. No ensino fundamental, freqüentei somente três meses quando tinha 8 anos de idade. Aos 22 anos, reiniciei com o MOBRAL. Formei-me  em um curso universitário.
                Neste final de ano, resolvi escrever sobre educação, porque entendo que é a partir dela, que mesmo não tendo nada, economicamente, é possível sermos respeitados como cidadão.
                Agradeço ao Correio de Gravataí por ter me concedido o espaço para expressar minhas idéias por um período de 2 anos. Só resta desejar Feliz 2011 a todos da direção deste jornal e funcionários, e aos leitores, muito obrigado, até o próximo artigo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Movimento Operário no Brasil



O primeiro congresso operário no Brasil ocorreu em 1892, nas resoluções e reivindicações era definir, um salário mínimo, jornada de trabalho de oito horas e proibição de trabalho de crianças menores de doze anos de idade.
Em 1900, o Brasil possuía cerca de 55 mil operários. As primeiras indústrias surgiram no século XIX.
A classe operária era, a maioria imigrantes europeus. No congresso operário em 1902, a proposta era modificar a estrutura social brasileira, as reivindicações eram por melhores condições de vida e trabalho.
A partir da república iniciava as contestações de outros grupos sociais, principalmente a classe operária. Não deixando a oligarquia absoluta, onde as lutas desenvolvia a política. E aos poucos os anarquistas foram se consolidando nos movimentos operários. Até hoje ainda ouvimos dizer que o movimento operário é uma anarquia, mesmo que seja para reivindicar seus direitos, são hábitos impostos pelo poder econômico.
Entre 1903 e 1906 as greve tomam conta dos grandes centros industriais. Os tecelões, alfaiates, portuários, mineradores, carpinteiros e ferroviários, foram os primeiros demonstrarem a insatisfação. Por isso o governo promulgou uma lei que, expulsava os estrangeiros, que fosse considerados a ameaça a ordem nacional. Se fosse cumprida esta lei esvaziava o movimento operário, porque a maioria dos operários principalmente os lideres do movimento eram imigrantes. Em resposta a repressão do governo foi uma grande greve geral, que tomou conta de são Paulo em 1907, e outra greve também em são Paulo, no setor da alimentação, gráficos, têxtil e ferroviário, tendo tomado conta das ruas. Paralelo a tudo isso ocorria a revolução Russa.
Ao passar todos os movimentos de ação grevista, serviu para fundação do PCB partido comunista brasileiro.
O sindicalismo cristão influenciou na época Vargas. Que visava o controle dos patrões sobre os operários. A federação operaria cristã tinha como função contactar com todos, as associações operarias e patronais evitando as greve com isso vindo os patrões a atender algumas reivindicações, e esvaziando o movimento operário. Em novembro de 1930, Vargas cria o ministério do trabalho, assessorado por advogados antes vinculados aos sindicatos dos trabalhadores. O governo tentava convencer os trabalhadores que apartir daquela época eles seriam protegidos, por tanto não deveria se envolver nas organizações operárias.
O que pode se concluir que o governo só foi atender parte das reivindicações dos trabalhadores, na nova república, onde começou no inicio da republica velha, e ainda passou por bondoso para classe operaria. Sendo que este governo só atendeu parte das reivindicações dos trabalhadores porque estava, sendo iniciada uma nova expectativa de administração.
Foi possível constatar que a luta de classe, sempre foram uma ferramenta para as mudanças nas questões políticas sociais e econômicas. Mas por outro lado oligarquia, através de estratégia deturpava e descaracterizava as organizações operárias, durante toda a história do operariado. Apartir do inicio do século XXI as organizações operárias, pode usufruir das mudanças, através do governo, que foi forjado nas lutas operárias.
Não quero mencionar as mudanças ocorridas em nosso país no inicio do século XXI, principalmente na inclusão social, porque a imprensa divulga constantemente.                                                                       

A representação de uma Bandeira



Os símbolos criados pelos homens são diversos, tanto para representar suas comunidades ou instituições, sendo a bandeira o mais representativo a seus países, partidos políticos e outras representações de manifestações ideológicas e religiosas.
A Bandeira é a representação dos altos valores do patriotismo, da lealdade a uma causa e da honra de um grupo. Por isso, desde a antiguidade clássica ela tem sido objeto de respeito e de exaltação cerimonial.
As Bandeiras são empregadas como meios de identificação e comunicação. As linguagens são baseadas através das cores, foram desenvolvidas e utilizadas como forma de intercâmbio de mensagens entre as embarcações, como por exemplo, a Bandeira vermelha identifica-se unicamente como sinal de perigo e a branca como indicação de trégua ou rendição.
A primeira bandeira hasteada em solo brasileiro foi com a chegada de Cabral em 1.500, era da Ordem de Cristo criada em 1.320, com a Cruz Vermelha. A Ordem de Cristo era a principal financiadora das terras descobertas pelos portugueses. Os territórios descobertos eram considerados propriedades do rei e do cristianismo.
A Bandeira do Brasil República foi constituída a 19 de novembro de 1.889, há quatro dias após a Proclamação da República. Foi apenas uma readaptação na tradicional Bandeira do Império Brasileiro. Ao invés de escudo imperial português dentro do losango amarelo, foi adicionado o círculo azul com estrelas na cor branca, portanto a Bandeira Nacional não desvinculou suas cores e nem o formato, sendo as principais cores o verde e o amarelo.
As mudanças de regimes governamentais refletem na mudança de Bandeira, como ocorreu neste período (1.889), a Bandeira Imperial deu lugar a Bandeira da República.
A ultima modificação na Bandeira Nacional foi em 11 de maio de 1992, com a criação dos estados de Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Roraima e Amapá. A partir de então, passou a haver vinte e sete estrelas representando os vinte e seis estados, além do Distrito Federal que no círculo azul simboliza a esfera celeste no pavilhão nacional.
Os estados também adotaram suas bandeiras na ocasião da Proclamação da República de acordo com seus fatos históricos, o Rio Grande do Sul optou pela Bandeira Farroupilha do Movimento Separatista de 1.835, assim os demais estados foram criando suas bandeiras.
O Brasil perdeu parte do simbolismo pela Bandeira de seus estados, dos costumes regionais do qual a Bandeira foi inspirada para ser constituída, pois em 27 de novembro de 1.937, o presidente Getúlio Vargas queimou todas as Bandeiras dos estados brasileiros em praça pública em frente a Bandeira Nacional. Foram queimadas com sentimentos regionais, passando a ser cinzas, sendo tais sentimentos reconstituídos com a nova constituição de 1.946, após a Era Vargas.
Tais passagens históricas, muitas vezes, não são passadas às comunidades escolares, possivelmente para não magoar os defensores que amam a Bandeira com todo o fervor, portanto é melhor não saberem o que ocorreu na história para não terem ressentimento de alguém que desconstituiu um grande amor por sua terra, que aqui em nosso Estado, é a Bandeira Rio-Grandense.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Penso e não falo, grito sem voz, digo sem dizer. Meus gestos são expressões, é o sintoma do meu coração, fico com cara de mau, porque não há quem me entenda - a diferença entre o bem e o mal.
Não sei decidir entre os fatos e os direitos. Luto para somar, para dividir, porque jamais vou desistir de meus objetivos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A culpa é do destino

            As incertezas nos provocam medo e insegurança, por isso buscamos um possível destino que venha justificar nossas ações, quando não ocorrem de acordo com o que foi planejado. Na historia da humanidade encontramos conceitos de ideias referentes aos predestinados, como os deuses e as forças sobre naturais que marcaram o destino dos homens e de todos os seres.  A vida, a morte, as relações de poder, os desastres, em fim tudo que acontece já foi predeterminado. “a tragédia grega” exemplifica de como o destino é conduzido nas ações humanas. Édipo nasceu “predestinado” a assassinar seu pai para casar-se com sua mãe, por mais que ele tentasse se livrar do “monstro destino”.
 A Idade Media foi marcada profundamente pela predestinação, as pessoas eram conduzidas a acreditar que o pobre era determinado a ser pobre por toda a sua vida.                                                                                                                                                    
O destino também “determina o poder das pessoas”. São hábitos implantados nos seres humanos para existir explorados e exploradores, e como culpa o destino.                                                                                                                                              
Santo Agostinho elaborou a ideia de livre-arbítrio, mas o poder dominante católico preferia adotar o conceito da lei divina a qual rege as ações humanas, as leis do universo, a partir da vontade de Deus. E que o sofrimento é necessário para obter a vida eterna. São fatores que deixam o ser humano conformado, por isso não foi aceito a ideia de livre-arbítrio. Ao supormos que somos predestinados não há como termos opções porque não sabemos o que foi nos predestinados.
 Na Idade Moderna e Contemporânea a igreja perdeu força, mas continua a buscar subsídios espirituais nos moldes do destino medieval.
 O desdobramento histórico ainda na época atual nos manifestos políticos e econômicos, basta observar a ideia de um destino com o Slogan “a América para os Americanos” são predeterminados pelo destino, para que EUA seja os dominadores do mundo. Os governantes norte-americanos estão convencidos a convencer a eles que são predestinados a mandar no mundo.
Os humanos são os construtores da sua própria historia, o ser humano se define pela liberdade e responsabilidade. Quando acreditamos no destino absoluto deixamos de ter liberdade, A autonomia do ser humano ocorre quando se pode optar por suas ações.
 O predestinado é aquele que procura uma postura cômoda sem se responsabilizar por seus atos jogando a responsabilidade na força do além. Portanto a “culpa é do destino” em tudo que passou a dar errado se deu certo o destino não é lembrado.
 Você é responsável por seus atos e não o destino. Pense nisso.

 A arma para conter o crime é a inclusão social.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010