O movimento pelo direito político das mulheres, no Brasil, iniciou no final da década de 1880 através de um grupo restrito. Mulheres graduadas em Direito, durante o sistema de governo monárquico, tiveram dificuldades em exercer a advocacia. Isso levou algumas feministas a unirem-se na tentativa de transformar tal realidade. Em comum, tinham o desejo pela igualdade de direitos. Estas mulheres pertenciam a uma oligarquia porque a maioria das mulheres, nesta época, jamais poderiam ser graduadas e compusessem a classe popular do país. Portanto, inicialmente, a luta pelo voto pertenceu somente às mulheres cultas de altas classes sociais que tinham acesso à escolaridade e participavam, de maneira limitada dos círculos políticos, ao lado dos maridos elitizados.
A proclamação da República abriu a possibilidade de uma estrutura política mais democrática. Em 1927, no final da República velha, quando um grupo de mulheres se organizou, no estado do Rio Grande do Norte, conseguiram eleger Alzira Soriano a primeira prefeita brasileira. Realmente, um marco histórico na luta pela igualdade de direitos.
Por não ter sido constituído por lei o direito de voto às mulheres, a prefeita Alzira Soriano foi deposta do cargo pela comissão do poder do senado.
A partir da nova república com Getúlio Vargas ,em 1930, no poder, o código eleitoral de 1932 garantiu o direito de votos às mulheres. O direito, no entanto, restringiu-se às mulheres solteiras e viúvas, ou mulheres casadas com permissão dos maridos, sendo que as viúvas e solteiras teriam de comprovar rendas.
Os avanços não foram suficientes para os grupos feministas da época que promoveram uma campanha para que o direito ao voto fosse sem restrições. Então, foi garantido no código eleitoral de 1932, o direito das mulheres a votar e serem votadas.
Ao analisarmos tais fatos sobre as poucas participações das mulheres em espaços de poder, percebemos que participavam de poucos movimentos políticos populares, eram ,na maioria analfabetas. Há pouco tempo foi modificada a legislação que torna o ato de votar um direito de todos os cidadãos, ou seja, um exercício de cidadania. Em 1933, elegeu-se a primeira deputada federal a Doutora Carlota de Queiroz e, somente em 1979, elegeu-se a primeira senadora do Brasil, Eunice Michiles. Em 1989 se candidata a primeira mulher à presidência da república pelo PN (Partido Nacional) a senhora Maria Pio de Abreu. Em 1995, a primeira governadora brasileira foi Roseane Sarney.
No município de Gravataí foi eleita a primeira prefeita em 2008 a professora Rita Sanco. Foi preciso 78 anos para que as mulheres assumissem o centro do poder político com Dilma presidente. A história faz refletir e compreender as causas que levam a isso. Apesar das mudanças ocorridas neste processo lento e discriminatório que, muitas vezes, impedem as mulheres de estarem nos espaços de poder muito precisa ser buscado e mudado sobre essa problemática social.
Lembre-se que Getúlio em 1937 fechou o congresso até 1945, homens e mulheres ficaram uma década sem votar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário