sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O homem foi forjado para ser o primeiro

Foi importante o artigo publicado por este jornal, no dia 24 de julho de 2010, página seis, de autoria de uma técnica de segurança do trabalho, que abordou a discriminação desta profissão, principalmente pelos homens.

Destaca a importância das mulheres, quando na época de guerra, as mulheres ficavam administrando as famílias, muitas vezes os homens votavam mutilados. Passando as demais responsabilidades das famílias para as mulheres.

O tema referente às mulheres, ao preconceito é antigo tanto quanto a existência do homem no mundo. Mas antigamente não era possível, as mulheres serem iguais aos homens, porque não havia desenvolvimento científico. O que existia era a dependência física, portanto o homem por natureza superava a mulher.

A partir desse conceito o mundo desenvolveu e os hábitos foram implantados, e em muitas vezes demonstrando a suposta verdade do que deveria ser seguido em uma determinada época, mas por outro lado houve avanço na tecnologia onde homens e mulheres possuem as mesmas condições de igualdade, porque não depende mais da força física.

Exemplo: no século XIX foi inventado veiculo motorizado, onde para dar a partida era necessário o uso da manivela, para fazerem as mudanças das marchas, também dependia de certa força física.

O preconceito com as mulheres foi forjado, a partir de que o homem passou a ser o primeiro na humanidade. Destacam-se na bíblia diversos conceitos com referencia a inferioridade da mulher. Gênesis: Cap. 2:7. “Origem do primeiro homem do mundo feito de barro”, segundo a crença cristã. Cap. 2:18. “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só, portanto farei uma ajudadora ao homem”. No Cap. 2:21 “O Senhor Deus fez Adão cair no sonho pesado, e tomou uma de suas costelas e formou a mulher, a Eva”. Cap. 2:23 “O homem disse à mulher: Agora és osso dos meus ossos, carne da minha carne”, portanto a mulher é parte do homem. Cap. 3:16 disse Deus à mulher: “Multiplicarei grandemente a dor, e darás a luz, filhos em dor, e teu desejo será para teu marido, e ele te dominará”, esse foi o que Deus passou à mulher segundo a Bíblia por ter comido do “Fruto Proibido”.

Efésio - Cap. 5:22 – Mulheres, submetam-se a seus maridos, como ao Senhor.

Cap. 5:23 – O marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, sendo ele o próprio salvador do corpo.

Cap. 5:24 – Assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres em tudo a os seus maridos.

Timóteo Cap. 2:12 e 13 – Eu não permito que a mulher ensine e nem que tenha autoridades sobre o Homem, porem esteja em silencio, porque primeiro foi Adão, e depois a Eva : Os conceitos de hábitos devem ser constituído na origem,ou seja com os familiares, homens , mulheres e filhos.Na educação doméstica,onde pai e a mãe demonstre a igualdade nas tarefas,entre serviço para meninas e meninos,a partir deste momento é possível acelerar, a quebra de paradigmas de desigualdade entre homens e mulheres.

A Bíblia é um dos livros mais lidos, e ainda continua abordando, a contradição referente às mulheres. A Bíblia está correta em outras épocas, mas atualmente, há restrição em alguns textos, referente aos dias atuais referente às mulheres.

No século XXI às mulheres obtiveram êxitos, principalmente nas administrações públicas, tivemos mulheres presidentes, governadoras, prefeitas quebrando paradigmas, como ocorreu no município de Gravataí com Rita Sanco,sendo a primeira prefeita da História da cidade.E mais paradigmas serão quebrados com uma Mulher Presidente do Brasil. Em 2011.

A integração social é melhor arma contra a violência.

domingo, 15 de agosto de 2010

O porquê das cotas raciais nas Universidades


No século XVI ao XVIII, muitos justificavam a escravidão com argumentos, como por exemplo, que graças aos brancos os negros eram resgatados da ignorância em que viviam e convertidos ao cristianismo, que lhes abririam as portas da salvação eterna. Desta forma, a escravidão podia ser um benefício para o negro. Portanto, acreditavam que era a vontade de Deus que alguns nascessem pobres, outros ricos, uns livres e outros escravos. De acordo com essa teoria não cabia aos homens modificar a ordem social. A Igreja limitava-se a recomendar paciência aos escravos e benevolências aos senhores. Assim, a escravidão era justificada pela religião e sancionada pela Igreja e pelo estado – Representados por Deus na terra.

No pensamento revolucionário do século XVIII, encontravam–se as origens teóricas do abolicionismo de vontade dos homens, que passaram a criticar a escravidão em nome da moral, da religião e da racionalidade econômica. Descobriram que o cristianismo era incompatível com escravidão e o trabalho escravo era menos produtivo que o livre.

Com a idéia de liberdade e igualdade ocorreram contradições, com a dúvida de como conciliar tal idéia com o direito de propriedade que os senhores tinham sobre seus escravos, que tinham o homem como propriedade? Sabemos que essa idéia começara a brotar a partir da revolução Francesa em 1789 e a “abolição da escravatura” só ocorreu um século depois. Em pleno século XXI as contradições ainda continuam, porque as pessoas acreditam, que no Brasil não existe o preconceito racial referente ao negro para defender interesses em causa própria, principalmente quando se referem às cotas para negros nas Universidades.

A discriminação racial no Brasil existe. As pesquisas deixam claro, que os brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, são em maioria os negros. As pessoas que são contra as cotas argumentam o princípio da igualdade, porém esta igualdade que muitos defendem é a mesma igualdade quando a elite brasileira aboliu a escravatura e dizia que apartir daquele momento negros e brancos seriam iguais.

Os negros passaram a ser iguais aos brancos, de direito, quando foram “libertos” para serem condenados pela mesma lei dos brancos.

Os “libertos” eram os sem casa, comida, trabalho, dignidade, moral, os definitivamente sem nada. Só restava a este povo a luta pela sobrevivência, mesmo que por meios ilícitos e serem condenados igualmente aos brancos. A partir daí, os negros andavam perambulando pelas ruas sem destino até que imigraram para as cidades grandes, como por exemplo, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, assim iniciando grandes favelas (uma África Negra), onde até hoje a sociedade em geral está sofrendo as conseqüências por ter discriminado o negro antes e depois da Abolição, pois não houve qualquer programa, por parte do Governo, de distribuição de terras provenientes da reforma agrária aos libertos e atualmente ainda perdura a dívida histórica com os negros brasileiros que tanto fizeram pelo País sem receber nada em troca.

A história precisa ser revista para entender o passado deste povo que sempre foi tratado com desigualdade, portanto as Cotas nas Universidades são para incluir os mais pobres e nada mais justo que sejam os negros, porque estes, atualmente, continuam sendo, na maioria, pobres e excluídos.





Sebastião Medeiros

É professor de História

A origem do Haiti


O primeiro território que os espanhóis conheceram com a vinda de Cristovão Colombo em 1492 foi à ilha de Hisponiola, onde fica o atual Haiti. A partir desse local a Espanha se expandiu em outras ilhas na atual América central e no restante da América do Sul.

Em 1697 a Espanha entregou para a França sua parte do território, ficando a França então com a mais prospera colônia da América, onde era produzido café, cacau, algodão e açúcar.

A independência do Haiti deu-se com os movimentos dos negros e mulatos sob a liderança de um ex-escravo Jean – Jaques, que combatera as tropas francesas até a proclamação da independência. Dois anos após assumir o governo, Jean-Jaques é deposto e morto e o país tem o controle dividido entre o norte e o sul, ou seja, um lado Espanhol e outro Frances, só vindo a se unir em 1820 sob o governo de Boyer.

Na passagem dos séculos XVIII ao XIX o Haiti tinha mais de 500 mil escravos negros trabalhando nas plantações e engenhos sob o domínio de apenas 30mil brancos e mestiços, por isso o Haiti teve a maior rebelião negra da história e os escravos tornaram-se os primeiros a conquistar a liberdade nas Américas, mas com a morte do governador geral o ex- escravo Jean-Jaques a França interrompe os sonhos revolucionários haitianos.

Os lideres foram presos em Paris, mas ao retornar da prisão os revolucionários voltaram à ativa e foram cruéis invadindo casas e massacrando famílias de fazendeiros. Como resposta, as tropas formadas por franceses e espanhóis queimaram vivos muitos rebeldes. As vinganças revolucionárias continuaram enforcando centenas de soldados e civis espanhóis e franceses. O sangue jorrava dos negros, franceses e espanhóis, até que em 1803 com a proteção da Inglaterra o país foi declarado independente.

Do século XIX ao século XX passaram vinte presidentes no Haiti, sendo dezesseis depostos ou assassinados. Em 1915 os Estado Unidos invadiram o país e só o deixaram em 1934.

No final dos anos 50 é eleito o presidente do Haiti o médico Françoais que se revelou um feroz ditador tendo estourado no país um regime de terror e assassinatos a opositores, até que em 1964 acontece o golpe fatal e o presidente se denomina vitalício até sua morte em 1971, tendo seu filho assumido o poder por mais 15 anos. No decorrer das dificuldades com opositores o presidente decretou estado de sitio. Irada a população expulsa a família presidencial do país.

Em 1990 o Haiti elege o padre Aristides como presidente do país que cinco meses depois é derrubado por um golpe militar por não ter condições econômicas e políticas para administrar o país devido a ser boicotado pelos países ricos.

O objetivo de publicar essa pesquisa é em virtude do que ocorreu no Haiti e não é necessário repetir as noticias da imprensa, mas é importante que a sociedade em geral saiba um pouco mais da história desse país, que nos parece, que ao longo de sua trajetória, após tanto sofrimento causado por seus governantes, vem a sofrer essa catástrofe sem a intervenção do “homem”. O Haiti foi um dos primeiros territórios a serem explorados pelos europeus na ocupação da América há 518 anos e não foi possível prosperar. A história, do Haiti, registra apenas sofrimentos ao seu povo após a ocupação e exploração dos europeus, ou seja, apartir da chegada de Colombo. Antes esse território era habitado por índios que provavelmente eram mais felizes porque podiam desenvolver a sua cultura de acordo com o que a natureza lhes oferecia.





Sebastião Medeiros é

Professor de História

sábado, 14 de agosto de 2010

A praça

A praça é nossa, cuidar também é amar.    
A praça é um local para amar, portanto, ajudem a preservar.
A praça é um refúgio, dia e noite, por isso, cuidem com amor. 
As praças são lindas, como flores quando cuidadas com amor.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O tempo passa sem reversão, o que não passa são as lembranças, principalmente os momentos ruins da vida, isso é do cenário constituido na mente. O que você está lembrando? Daquele fora da pessoa amada, do acidente com seu carro? Esqueça tudo de ruim, lembre dos bons momentos de sua vida para ser feliz.
Até a próxima boa lembrança.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Viver para sempre é deixar amor para as gerações futuras, sem ódios, sem egoísmo.
Com História que seja lembrada, como exemplo de vida.
É preferível morrer lutando do que viver de joelhos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A História da evolução das Drogas

A História nos mostra que o consumo de drogas já existe desde séculos antes a.C, de acordo com a cultura dos povos e a necessidade de seu uso como remédios para suas doenças, alimentar sonhos, influenciar o humor, buscar a paz ou excitação, enfim, para fugir do mundo que os cercam e perturbam em determinados momentos.


Na história das drogas há consumo de diversos tipos, mas o que mais se destaca é a folha da Coca, que é quase um monopólio dos Países como Bolívia e Peru onde há muitos séculos tem o hábito da mastigação da folha da coca, que acompanha a vida desta população para efeito nas funções laborais, sociais e manifestações em rituais.


A Organização Mundial de Saúde (OMS), alerta para o consumo da folha da coca como sendo prejudicial à saúde, sendo assim a comunidade desta região deveria mudar seus hábitos.


Pela Convenção de 1.988, a comunidade internacional elaborou um conjunto de medidas para combater o tráfico de drogas e ao mesmo tempo, reduziu a lista de substâncias que poderiam vir a serem desviadas para a fabricação ilícita de drogas.


O que ocorre muitas vezes como combate ao consumo de drogas são experiências isoladas em um País, ou região, diferentemente do que realmente deveria acontecer, que é atingir toda a comunidade internacional, pois seu êxito depende da colaboração e aderência dos Paises vizinhos da comunidade internacional no seu todo, sendo que, assim como um País precisa elaborar seus projetos e ações em conjunto com os estados da federação, os municípios, as ONG’S, as escolas e todos os cidadãos, porque todos quando nascem são do bem, são as questões sociais que os transformam. Atualmente o maior mal que esta atingindo a sociedade no mundo inteiro é o consumo inadequado das drogas.


Em nosso Estado, a mobilização para inibição do consumo de drogas ilícitas está sendo feita através da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre - GRAMPAL, que apresenta propostas de combate ao uso de drogas, com participação dos principais profissionais ligados a sua prevenção, composto por agentes das áreas da saúde, educação, assistência social e segurança pública para tal propósito.


A partir deste momento, a cidade de Gravataí continuará o engajamento do combate ao uso de drogas, mas fora do isolamento da cidade de Gravataí, porque há parceria de outros municípios com o mesmo objetivo.


No uso de drogas, como podemos perceber no decorrer da história da humanidade, o que mudou foram os métodos de consumo e o egoísmo de acharmos que a droga só prejudica a quem a consome e somente quando entendemos que esta é uma causa comum a toda a Sociedade, seu consumo diminuirá.


Portanto junta-te a essa causa para sermos mais felizes sem uso de drogas.




Sebastião Medeiros
É Professor de História

Histórico da Guarda Municipal

Guarda, palavra que muitas vezes não levamos em conta o quanto representa, afinal desde os ensinamentos bíblicos menciona-se a palavra guarda: Gênesis 37:36 José foi vendido no Egito a Potifar, que era oficial de Faraó comandante e capitão da guarda do rei do Egito e também, não podemos deixar de lembrar que, nos ensinaram que todos nós temos um “anjo da guarda”.

A partir de 1548, com a criação do governo geral a guarda tinha a incumbência de guarnecer a milícias, as quais davam tranquilidade as Capitanias. Com a vinda da família Real para o Brasil em 1808, vieram junto a Guarda Rel de policia, onde a mesma foi organizada de acordo com a situação de urgência do momento.

No Brasil Império, foram criadas em 1831, as Guardas Municipais das províncias, tendo como finalidade manter a ordem pública e auxiliar a justiça. Com a regência de Dom Pedro II foram extintas as Guardas Municipais, mas no mesmo ano são constituídas novamente as Guardas no Rio de Janeiro por voluntários, sendo um dos maiores comandantes da Guarda, Duque de Caxias a partir de 1832. Nos últimos 20 anos com a nova constituição federal a Guarda Municipal passa a ser um serviço público, que está inserida na constituição federal pela sua importância na segurança pública local, onde os municípios poderão constituir suas Guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações conforme dispor a lei.

A Guarda Municipal no Brasil vem se incorporando na história de acordo com os momentos ocorridos nos últimos séculos até o momento atual. Pela primeira vez foram incorporados, na constituição federal, poderes objetivamente aos Municípios de constituir suas Guardas Municipais. No município de Gravataí, RS a guarda municipal foi criada em 07 de setembro de 1996, com apenas 15 Guardas através de contratos emergenciais, atualmente a Guarda Municipal do município de Gravataí é composta de 195 Guardas Municipais, ao longo da historia. A Guarda Municipal atual está 24h por dia a serviço da comunidade gravataiense.

Nesta data tão especial, 07 de setembro, data do aniversário da Guarda Municipal de Gravataí, só resta a dizer: parabéns e muitos anos de vida pelos 13 anos de existência, mesmo não estando na idade adulta, faz serviço de gente grande.





Sebastião Medeiros

É professor graduado em história.

A origem dos índios que entraram para a História de Gravataí

O homem na América de acordo com Julio Cezar Melott (Índio do Brasil, 4ª ed., São Paulo).

Os índios não formavam um grupo homogêneo. Diferenciavam-se pela língua, os costumes, as crenças, as formas de organização familiar e social, as técnicas artesanais, enfim, variava de um grupo para outro.

Você só terá uma visão da história se conhecer a versão real dos fatos, que nem sempre corresponde com a versão oficial. Saiba criticar e questionar o que se diz nos livros, observe em que época foi escrito e por quem, a quem representava, para somente após chegar as conclusões finais.

Os índios tinham organização social, a divisão era através das famílias. Dividiam-se as tarefas de trabalho de acordo com o sexo e a idade. Em geral os homens se responsabilizavam principalmente pela proteção das mulheres, crianças e velhos e expedições guerreiras.

Em outro artigo eu citei porque os índios tiveram este nome, mas vou repetir o significado do nome. Tudo começou porque Cristóvão Colombo quando chegou na América em 1492, achava que tinha chegado nas Índias, por isso chamou os habitantes de índios.

Com a intenção de lembrar a história do município de Gravataí e seu aniversário em 08 de abril, não podia deixar de fazer referência aos índios do passado, que resultou o dia do aniversário da cidade de Gravataí.

Com o Tratado de Madri os Sete Povos das Missões seriam exterminados, com isso resultou na Guerra Guaranítica, sendo exterminados a maioria dos índios, e os que sobraram foram conduzidos para várias regiões do Rio Grande do Sul. Em Gravataí foram deslocados cerca de mil índios, em 08 de abril de 1763, passando a ser um marco histórico. No mesmo período também aqui em Gravataí se estabeleceram famílias açorianas. O que mais causa estranheza é que não há descendentes de índios aqui em Gravataí, sendo uma cidade que comemora seu aniversário com base histórica na vinda dos índios das Missões. Os índios foram explorados no início das mudanças religiosas, quando aqui chegaram. Além de estar em terra diferente da fronteira, perderam parte de seus hábitos aprendidos com os jesuítas, precisaram aprender o português, porque além da língua guarani sabiam o espanhol aprendido com os jesuítas, os quais pertenciam a Espanha até o Tratado de Madri em 1750 de direito. Os índios perderam as lideranças jesuítas, as instruções passaram a ser por pessoas leigas, ou seja, sem conhecimento religioso, atendendo uma determinação do Marques de Pombal. Para entendermos tudo isso é necessário voltar no tempo, e questionarmos o que houve no passado. A partir do que estava ocorrendo na época da vinda dos índios para Gravataí.

Para lembrar, 8 de abril de 1763 não é a data de emancipação da cidade de Gravataí, foi a data da chegada dos mil índios. É bom lembrar que nesta data não havia nenhum município no Rio Grande do Sul. O primeiro município do Rio Grande do Sul foi Santo Antônio da Patrulha, Porto Alegre, Rio Grande e Rio Pardo, a partir de 1809.

Gravataí foi emancipado de Porto Alegre em 1880, junto com Viamão. Portanto, ao dizer que Gravataí é mais velha que Porto Alegre, tem de ter ressalvas, quando falarmos. Assim como Viamão só foi ser município junto com Gravataí, a confusão foi que Viamão foi a primeira capital da Província antes de ser município, primeiro que Porto Alegre, portanto não falem por ouvir os outros falarem. Observe as duas datas no bandeira de Gravataí: 1763 e 1880.

A partir desta data estou a disposição para ministrar palestras sobre os temas: História do Rio Grande do Sul, História de Gravataí e Afro-brasileira.

Feliz aniversário cidade de Gravataí, pelos 247 ou 130 anos.



Sebastião Medeiros

é professor de História.

O Significado da palavra Farroupilha

Há vários anos venho me interessando pelos hábitos,do gaúcho, o lenço no pescoço, a bombacha, o poncho e outros hábitos, a Revolução Farroupilha, suas causas, o significado do nome Farroupilha, em fim muitas curiosidades referentes ao Rio Grande do sul. Mas quero me deter neste momento somente no significado da palavra Farroupilha como foco principal.
Diante desses interesses acabei fazendo um curso de Graduação em História. A partir desta Graduação passei então a pesquisar a história do Rio Grande do Sul para melhor entender, mas com olhar histórico a partir da origem dos acontecimentos. O gado, o cavalo, a Revolução Farroupilha, com isso foi possível entender a paixão do Gaúcho pelo cavalo, portanto se existia o gado o cavalo seria o animal apropriado para conduzi-lo. Constatei também nas minhas pesquisas que tanto quanto o cavalo e o gado não foram implantados no Rio Grande do Sul pelos europeus portugueses, mas sim pelos espanhóis. Sendo que as origens destes animais eram da Europa.

Os Farroupilhas ou os Farrapos tanto comentados na revolução de 1835 tem o significado diferente da maioria dos habituais contextos populares, quando nos ensinaram, que se referia às roupas usadas em farrapos por decorrência das lutas. Isto até pode ter ocorrido, mas não significa a origem do nome. A denominação Farroupilha é anterior a Revolução Farroupilha, era utilizada para designar os grupos liberais de idéias exaltadas. Portanto a palavra Farroupilha era conhecida desde 1831, significava os partidos dos regimes Federativo e Republicano no Rio de Janeiro, antes porém surgiu na Europa.

Dois jornais foram criados no Rio de Janeiro com o nome Farroupilha, o Matraca e o Jurujuba Farroupilha, estes jornais retratavam as alas exaltadas, promovendo os distúrbios de 1831, referente a renuncia de Dom Pedro I. Para o Rio Grande do Sul fora enviado o jovem Tenente Alpoim do Rio de Janeiro para o regimento de artilharia em 1832, que organizou o partido Farroupilha em 1833. Portanto o significado da palavra Farroupilha historicamente é outro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Origem da Burguesia

“Burguesia: vem de “Burgo”, deriva do latim "burgus”, que designa cidade pequena.

A palavra burgo ingressou em nossa língua no fim do século XI. Com significado de subúrbio. Dois séculos depois, os habitantes das cidades se fortaleceram e foram chamados de “burgueses”.

Os burgueses eram pobres, e não sonhavam em ficar ricos, e nem chegar ao poder, pois eram herdeiros das classes medievais, dos vilões e por não ter alternativas dedicaram-se ao comércio. Eram grupos de pessoas que se tornaram livres fora dos domínios dos nobres (Senhor Feudais), estes grupos se estabeleceram, em torno dos castelos e mosteiro. Iniciando ali os burgos (pequenas cidades), de onde veio a origem do nome burguês.

Em torno dos castelos e mosteiros havia diversas profissões (ofícios), como por exemplo, carpinteiros, ferreiros, tintureiros, pedreiros, sapateiros e outras. Os artesãos da cidade medieval se organizavam em associações chamadas grêmios ou corporações de ofício (por categorias). Os artesãos só podiam exercer sua profissão com autorização da sua corporação de ofício.

A oficina instalava-se na própria casa do seu dono, onde trabalhava o mestre, membros da família, alguns aprendizes e meio-oficiais. Após aprender o ofício, o aprendiz passava a receber salário do dono da oficina, posteriormente poderia abrir a sua oficina própria. A partir desse processo inicia o método capitalista na Europa, ao longo da história as mudanças econômicas mudavam de acordo com o desenvolvimento da cidade.

Os artesãos deixaram de controlar a matéria-prima e também não vendiam mais o que produziam, portanto a classe burguesa que antes fazia parte de um grupo de excluídos, da nobreza, dividira-se. Uns preocupavam-se em produzir para outros venderem e suprir a demanda de mercado, enquanto os trabalhadores passaram de proprietário das oficinas a vender somente a força de seu trabalho. Dando inicio ao burguês empresário e o operário assalariado.

A partir daí surge uma nova classe social na Europa, a burguesia passa a se fortalecer, integra-se no poder político através de alianças com o rei e passa a tomar decisões nas expansões marítimas, exploração de colônias e com a revolução industrial, torna-se cada vez mais ascendente.

Com a revolução industrial e a aplicação de novas tecnologias houve uma diminuição na mão de obra e os operários que mantiveram seus empregos passaram a ser mais explorados conforme aumentava a produção na indústria.

A mais de dois séculos pouco mudou nesse contexto, porque quem possui o poder econômico tem mais oportunidades de fazer parte dos demais poderes.

O objetivo desse artigo é demonstrar que através da organização de classes é possível mudar o contexto do mundo. Bom seria que as organizações não se esquecessem de suas origens e buscassem o desenvolvimento de um todo para humanidade e não após conquistar o poder crescessem através da exploração de outros povos. De acordo com o que foi pesquisado, pode-se concluir que o que ocorre em nosso país pode ter uma relação na origem da burguesia.







Sebastião Medeiros é

Professor de História

A História da Educação no Brasil

A Historia da educação no Brasil iniciou-se em 1549 com a chegada dos Jesuítas, movido a sentimentos religiosos de propagação da fé cristã. Durante 200 anos, os Jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil.

Em 1759, os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias. Abrindo o grande vazio, que não foi preenchido nas ultimas décadas seguintes. A partir de então o Marques de Pombal criou o subsídio literário para gerar impostos para financiar o ensino primário, mas não surtiu efeito, só a partir de 1808 com a vinda da família real para o Brasil, a educação tomou um novo impulso, com o surgimento de instituições culturais e cientificas de ensino técnico e os dois primeiros cursos superiores.

Como vimos foi 50 anos de estagnação da educação no Brasil, ainda com a preocupação que existiu por parte de D. João VI não foi suficiente para dar continuidade no ensino primário, tendo ele voltado para o ensino profissional para suprimir, as demandas da Corte, com ênfases no ensino a nível superior.

Com a constituição de 1824 a segurou-se “instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”, confirmada pela lei de 15 d outubro de 1827, que determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades e vilas. Com o ato adicional de 1834 delega as províncias a legislar sobre a educação primária, comprometendo em definitivo o futuro da educação básica, pois possibilitou que o governo central se afastasse da responsabilidade de assegurar a educação elementar para todos. Possibilitando ainda mais a distancia entre elites do país e as camadas sociais populares.

Após a primeira guerra mundial começou inúmeras reformas do ensino primário brasileiro em âmbito estadual com idéias da escola nova, divulgando o manifesto pioneiro em 1932, um documento histórico que se sintetizou os pontos centrais dos movimentos de idéias, definindo o papel do estado em matéria educacional.

Com a constituição de 1934 constituem-se avanços significativos na área educacional, incorporando muito do que havia sido debatido em anos anteriores. No entanto em 1937 com o Estado Novo a constituição autoritária registrou um grande retrocesso. Após a queda do Estado Novo em 1945 muitas das idéias foram aproveitadas, novamente com o golpe militar em 1964, os movimentos educacionais cessaram, e só com a constituição de 1988 reiniciam-se novos debates comprometidos com a universalização do ensino fundamental, e a erradicação do analfabetismo no país.

Atualmente os programas de ensino fundamentais estão vinculados aos programas sociais, através do governo central, com isso estimulando as crianças nas salas de aula e os pais a mantê-lo, portanto se tivermos crianças nas escolas hoje não precisaríamos construirmos mais cadeias amanhã.


Sebastião Medeiros é

Professor de História

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O amor é tudo para construir o que é melhor para o mundo, sem amor não se constroi nada. Lute pelo seu Amor para ser feliz.